A mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo Vírus Epstein-Barr (EBV), conhecido como herpes-vírus humano 4, membro da família dos vírus da herpes.

A principal forma transmissão é a saliva, através de beijo, compartilhamento de comidas e bebidas ou copos, talheres e escovas de dente. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro. Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida.

Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo. Na fase crônica, que é mais rara, as manifestações são hepatoesplenomegalia, ou seja, o aumento do fígado e pequenas manchas vermelhas, roxas ou marrons no céu da boca ou na pele devido a hemorragias internas em vasos sanguíneos.

O diagnóstico da infecção por EBV pode ser um desafio porque os sintomas são semelhantes aos de outras doenças. Através de exame de sangue que detecta anticorpos, a infecção por EBV pode ser confirmada. A pesquisa por anticorpos IgG anti-VCA (antígeno do capsídeo viral) é um dos principais métodos para diagnóstico. É possível também realizar a pesquisa de anticorpos IgG anti-EBNA (antígeno nuclear de Epstein-Barr), os quais se desenvolvem após 2 a 4 semanas de infecção e persistem por toda vida. Resultados positivos para esse tipo de anticorpo indicam contato com o vírus ou que a infecção está na fase crônica ou convalescente. Cerca de 9 em cada 10 adultos possuem anticorpos que demonstram uma infecção atual ou passada por EBV.

Não há tratamento específico para a mononucleose, somente medicamentos que aliviam os sintomas. Um dos problemas da doença é que ela pode ser transmitida pela pessoa infectada que não apresenta sintomas até um ano após a infecção.