A herpes pode ser causada por dois tipos de vírus, o HSV-1 (Herpes Vírus Tipo 1) e o HSV-2 (Herpes Vírus Tipo 2). Enquanto o HSV-1 é relacionado com infecções na boca, nariz e olhos, o HSV-2 causa infecções genitais, sendo no pênis, vulva, ânus e nádegas.

Os vírus da herpes possuem alta circulação entre a população mundial. Segundo dados de 2016 da OMS, estima que 67% da população mundial está infectada com o HSV-1, que é bem comum ser adquirido na infância. O HSV-2 afeta cerca de 491 milhões de pessoas na faixa etária de 15 a 49 anos em todo o mundo, sendo mais recorrente em mulheres, uma vez que a infecção do homem para a mulher é mais eficiente.

A maior parte dos infectados não desenvolvem sintomas e o vírus permanece de forma latente no organismo do indivíduo. Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 13 a 37% dos infectados são sintomáticos.

Na ocorrência dos sintomas, pode ocorrer febre, mal estar, dor de garganta e cabeça e principalmente lesões herpéticas, que na herpes oral, se manifestam como feridas ou bolhas ao redor da boca ou dos lábios e no herpes genital, lesões avermelhadas com pequenas bolhas, inchaço ou feridas abertas ao redor dos órgãos genitais ou ânus.

O HSV-1 é transmitido através do contato com feridas, salivas ou com a boca do infectado, principalmente na presença das lesões. Já a infecção pelo HSV-2 ocorre por contato sexual, pelo contato com as lesões ou fluídos do individuo infectado. Entretanto o HSV-2 pode ser transmitido na ausência de sintomas.  Apesar de raro, a herpes neonatal pode ocorrer se o recém-nascido for exposto ao vírus no momento do parto, acarretando em sérios problemas ao bebê e até a morte.

O tratamento é realizado com anti-virais, que auxiliam durante os episódios de ativação do vírus e surgimento de lesões. Somente com um diagnóstico correto a indicação do tratamento especifico e adequado pode ser realizado. A sorologia e identificação dos anticorpos contra HSV permitem diferenciar entre infecções ativas ou não.