A Rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus do gênero Rubella. Em 2000, ano em que o Brasil enfrentou surtos da doença, foram notificados cerca de 15.413 casos (BNS/SVS/MS), porém as campanhas de vacinação e o Plano de Erradicação do Sarampo, que permitiu melhor conhecimento da rubéola, são responsáveis pelo controle da doença no país.

A doença afeta principalmente crianças de 5 a 9 anos de idade e a transmissão geralmente ocorre através do contato com indivíduos infectados, através de gotículas das secreções que se espalham por meio da tosse, respiração ou fala. É pouco comum a transmissão através do contato com objetos contaminados.

A janela de incubação do vírus varia de 14 a 21 dias e o maior risco de transmissibilidade ocorre 2 dias antes e após o aparecimento de erupções cutâneas (exantemas). O quadro clínico da doença caracteriza-se por sintomas como febre, dores de cabeça e nas articulações, aumento nos linfonodos do pescoço, vermelhidão dos olhos e principalmente erupções cutâneas avermelhadas.

Uma das formas de transmissão ocorre durante a gestação, quando a mãe é infectada pelo vírus, que por sua vez atravessa a placenta e infecta o feto. A chamada Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) possui grande importância epidemiológica e implica em graves complicações, podendo levar ao aborto ou natimorto, ou para os recém nascidos malformações cardíacas, oculares, diabetes, catarata e glaucoma. Porém, a surdez é o sintoma mais precoce da SRC.

Não há medicação para rubéola, o tratamento pauta-se para as malformações e necessidades apresentadas. Dessa forma, a detecção precoce da doença auxilia no tratamento clínico. A prevenção é a imunidade adquirida pela vacinação. As crianças devem ser imunizadas com as doses completas da vacina tríplice viral para rubéola, sarampo e caxumba. Os adultos também devem tomar a vacina, especialmente as mulheres, uma vez que gestantes não podem receber a vacina.