A Toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário parasita Toxoplasma gondii. Como hospedeiro definitivo do T. gondii estão os gatos que excretam em suas fezes os chamados oocistos. Os seres humanos, por sua vez, são hospedeiros intermediários do parasita.

A infecção nos humanos ocorre comumente por via oral, pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Outra forma de contaminação é o contato com solo contaminado ou ainda através de transfusão de sangue ou transplante de órgãos de um doador infectado. Já a Toxoplasmose Congênita, onde durante a gestação, a mãe infectada transmite a doença para o feto, requer maior atenção.

A infecção costuma ser assintomática, porém alguns infectados, principalmente em indivíduos imunocomprometidos, podem ocorrer sintomas semelhantes a uma gripe, dores musculares, febre, mal-estar e cansaço. Maiores complicações resultam em acometimento do sistema nervoso central e doenças oftalmológicas como visão borrada, dor nos olhos e até cegueira. Uma vez adquirida, os parasitas permanecem no organismo por toda a vida.

A Toxoplasmose Congênita, embora geralmente assintomática na mãe, pode desencadear sérios problemas no recém-nascido, como malformações, microcefalia, hidrocefalia, calcificações cerebrais, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e retinocoroidite bilateral, uma inflamação da retina e coroide.

Dados do SINAN/DATASUS, mostram que em 2019 foram notificados 8.436 casos de toxoplasmose gestacional contra 14.614 casos em 2023. Esse aumento dos casos demonstra o quanto é importante a realizações de exames sorológicos para detecção de anticorpos para toxoplasmose durante o pré-natal e  também a realização da sorologia no parto, para que haja tratamento específico.