O Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa, em forma de bastonete, e, embora geralmente assintomática, a infecção por H. pylori é a principal causa de úlcera péptica e gastrite em todo o mundo. Como principal sintoma está a dor epigástrica persistente ou ardente. Outros sintomas menos comuns, incluem perda de apetite, náusea ou vômito. A OMS (Organização Mundial de Saúde) designou a infecção por H. pylori como um forte fator de risco para adenocarcinoma gástrico (câncer de estômago), sendo de 2 a 6 vezes maior o risco de desenvolver esse tipo de tumor em pessoas infectadas pela bactéria.

Segundo dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), o H. pylori é reconhecido como uma das infecções crônicas bacterianas mais comuns em todo o mundo, sendo que dois terços da população mundial está infectada. É mais comum em países em desenvolvimento.

A infecção por H. pylori causa invariavelmente gastrite crônica ativa, sendo que na maioria das pessoas, a infecção pode permanecer silenciosa ao longo da vida. Entretanto, pode causar doenças gastroduodenais, como úlcera péptica, câncer gástrico e linfoma do tecido associado à mucosa gástrica.

O modo exato de transmissão ainda não foi estabelecido, sendo que a maioria das infecções ocorre na primeira infância. Estudos mostram fortes evidências a favor da transmissão de pessoa para pessoa no seio familiar, sendo que as mães parecem transmitir aos filhos pequenos. A via mais plausível de ingestão do microorganismo parece ser gastro-oral ou oral-oral.

O diagnóstico da infecção por H. pylori pode ser feito através de ensaio de antígeno fecal, teste respiratório de ureia, teste rápido de urease ou histologia de uma amostra de biópsia. A sorologia positiva indica infecção presente ou passada. As infecções assintomáticas geralmente não precisam ser tratadas. Quando necessário, o tratamento é realizado por meio de antibióticos, determinados levando em conta a presença de úlceras duodenais ou gástricas ativas.